Sou dessas.

Eu fui uma adolescente quieta. Não curtia boates, não gostava de beber, não chegava em casa depois das onze da noite. Minha diversão era ler bons livros. Não era popular, não tinha muitos amigos e os poucos amigos que tinha criticavam essa minha maneira tranquila de ser. Levantar a voz não era comigo. Desrespeitar regrasContinuar lendo “Sou dessas.”

A dificil arte de ser eu.

Não é fácil sustentar um “eu” cheio de histórias para contar. Carregar um corpo que sofre mudanças com o tempo e uma mente que pensa demais. Mas é ao olhar no espelho que eu vejo o quanto caminhei até aqui e o formato dos passos sulcados na poeira da estrada. Olho para trás e tudoContinuar lendo “A dificil arte de ser eu.”

Inspiração lacônica.

É no tamborilar distraído da caneta sobre o papel em branco que eu percebo a falta que você me faz. Você era uma inspiração acolhedora, criar você através de palavras redescobertas no rascunho livre era o que de melhor eu podia fazer. Eu não tenho muita aptidão para poesias, mas você sempre foi meu sonetoContinuar lendo “Inspiração lacônica.”

Que encha minha boca de amor.

O próximo que vier, tem de acender algo dentro de mim. Que ele me olhe nos olhos e eu me sinta desfalecer. Que ao marcar um encontro comigo, eu perca a fome e fique com as mãos trêmulas de expectativa! Ele deverá ser misterioso e vestido a caráter, para que eu possa desembrulha-lo com aContinuar lendo “Que encha minha boca de amor.”

Máscaras

Quando eu era criança tinha pavor de palhaços. Aquelas roupas estravagantes, cores berrantes e nariz vermelho me incomodavam muito. Não adiantava eles chegarem com toda a alegria para perto… eu corria para longe. Anos depois (nem tantos anos assim) passei a ter medo de “bate-bolas”. O carnaval infestava meu bairro daqueles seres pouco abençoados eContinuar lendo “Máscaras”