Oi, gente! Começo esse post, de maneira informal, para agradecer esses anos todos que estivemos conectados pelas palavras. Sou grata por cada texto que chegou até vocês e que vocês sentiram no coração cada vírgula que coloquei. Porém, assim como comecei este blog, em 2012, sei bem a hora de terminar – ou dar umaContinuar lendo “até logo!”
Arquivos da categoria: De tudo um pouco
tarde
Depois de todas as barbaridades que você me disse, e tantas outras que não teve tempo de dizer, você volta. Como alguém que esqueceu as chaves em casa, como se meu coração fosse uma praça pública, uma passarela de acesso necessária para chegar ao outro lado. E, definitivamente, por mais que eu tenha te amadoContinuar lendo “tarde”
Criança
Uma criança ferida existe. E, na maioria das vezes, ela precisa de cura. Os joelhos ralados nos tropeços da vida não marcam tanto quanto as crenças que colocaram em sua cabeça. Ela, quando se machuca, encontra um refúgio. Nele, busca uma pausa, um descanso para recomeçar. Quando eu era adolescente e não conseguia entender oContinuar lendo “Criança”
Carta #11 – coisas belas
Só mais um dia e eu corro. Desligo tudo e busco o meu refúgio. Fico sozinha, pensando, pensando e pensando. Durmo. Um sonho, com mais uma mensagem, me acorda. Meu coração está aos pulos. Doendo de verdade. Pensei que estava infartando. Mas foi só um dia cansativo, triste, ruim. Eu olho as coisas e tenhoContinuar lendo “Carta #11 – coisas belas”
Somos uma cidade inteira
Meu amor, eu sou péssima com tecnologia, talvez meu conhecimento seja limitado, e, por 36 anos, eu não fiz uma grande viagem. Não conheço outros países, mas entendo os limites do seu coração. E, ao conhecê-lo, decidi respeitar. De longe, olho a divisa que nos separa, – o que me dá medo e consolo –Continuar lendo “Somos uma cidade inteira”
Frio
Me perguntaram hoje como eu estava me sentindo. Peguei meu livro da Rupi Kaur e fui para a varanda, ver o azul do céu, em uma tentativa forçada de parecer bem. Mas não está. Eu nunca me senti tão sozinha como agora, ou melhor, nos últimos dias. Fingindo bem, sinto que o tempo está seContinuar lendo “Frio”
Más águas
Foi como um mar tranquilo na maior parte do tempo. De início, um pouco raso, mal molhava os pés. Com o tempo, os nossos olhos foram se encontrando, brilhando juntos e aquela quantidade de água já chegava aos joelhos. Mais alguns anos e estávamos completamente submersos e sorríamos um para o outro. Hoje, nos afogamosContinuar lendo “Más águas”
Gravidade
Recentemente, terminei a amizade que tinha com um amigo de infância. E eu, realmente, não estou sabendo lidar com isso. Durante vinte e cinco anos, tive o cuidado de não perder o bem mais precioso da minha vida. Mas agora, depois de tudo o que ouvi, em um momento em que eu estava frágil eContinuar lendo “Gravidade”
A idade do céu
Como se não fosse nada, aqui chove. Olho pela janela, suspiro, seguro uma lágrima e lembro que eu queria a tua cabeça deitada no meu colo para eu realizar teus “quases”. Aryane Silva
Um punhado de lavanda
Há alguns anos, eu te contei sobre um acidente de carro que sofri na rua. Por sorte, não foi nada grave. Mas você, tão preocupado, morando em outra cidade naquela época, me perguntou como eu estava, se havia alguém para cuidar de mim. E, sem querer, matei a sua curiosidade, mesmo que antes tenha tentadoContinuar lendo “Um punhado de lavanda”
Oferenda
Se eu pudesse olhar para você, agora, nesse momento, eu cantaria sua música preferida. Mas prefiro ouví-la, enquanto olho o céu “pela nossa janela”. Ela continua a mesma. O problema está na lembrança que ela traz. O teu pouso está aqui, intacto. Aryane Silva […Love came from my empty heart, love has given me aContinuar lendo “Oferenda”
Parem de romantizar o Rivotril
Eu poderia, às duas da manhã, escrever sobre qualquer coisa mais leve. Porém, como aqui também é um espaço para a escrita terapêutica, o usarei para esse fim. Espero que, ao terminar de ler, você pense diferente. No último domingo, na Páscoa, eu estava no banho, me preparando para almoçar na casa da minha sograContinuar lendo “Parem de romantizar o Rivotril”
[Repost] Quando ela volta
Uma mulher, quando decide ir embora, não faz de imediato. Vai deixando o amor aos poucos, devagarinho, dando sinais. O prato preferido dele é apagado do menu da semana. As músicas embaladas a vinho e cafuné dão lugar ao telejornal chato, não compartilhado. O perfume amadeirado, largado distraidamente na maçaneta não é lembrado e asContinuar lendo “[Repost] Quando ela volta”
Equinócio de outono
Certa vez, quando eu era adolescente, me perguntaram qual era a minha estação do ano preferida. Respondi de imediato: o outono. O nome é bonito, o ar é bucólico e a temperatura é agradável (embora no Rio de Janeiro faça tanto calor, que parece ser verão o ano inteiro) e eu gosto de observar asContinuar lendo “Equinócio de outono”
Monocromático
A luz da vela, quase no final, ilumina o ramo seco de alecrim que fica na cabeceira da minha cama. Ouço a parafina crepitar, vejo a sombra fraca que faz na parede e fico por alguns minutos olhando para isso. Ouvindo música, claro. Todos nós estamos parados no tempo, e esta não é apenas umaContinuar lendo “Monocromático”
Céu
Ninguém me amou direito, então aprendi a não amar como deveria. Meu amor é raso. Meus amigos, no passado, me abandonaram em momentos críticos, por isso hoje nenhuma amizade me supre. Meu afeto é incompleto. Algumas mãos me seguraram e, quando eu senti segurança o suficiente para levantar, elas me soltaram. Minhas quedas são conhecidas.Continuar lendo “Céu”
Respire
Às vezes a gente mergulha em mares alheios, se afoga e procura, desesperadamente, por margens que possam nos salvar (damos o nome de mãos). Em outros momentos, o outro é tão raso, que nele só molhamos os pés e acreditamos em uma profundidade totalmente ilusória. A verdade é que nunca saberemos até que ponto podemosContinuar lendo “Respire”
Sobre o Rafa
Muitas pessoas têm me perguntado quem é o Rafa que eu já citei aqui em algumas crônicas. Algumas delas acham que ele não passa de um personagem criado por mim. Então terei o prazer de apresentá-lo decentemente (com a permissão de sua família). O Rafael foi um namorado que eu tive em 2007. Poucas pessoasContinuar lendo “Sobre o Rafa”
A fundo
É sempre uma tempestade interna, que transborda sem eu perceber, quando quero te enviar a música que estou ouvindo, mas me seguro. Afogo quando precisava dizer o que você já está cansado de saber. Por isso, eu não aguento tanto peso. São toneladas de coisas boas a compartilhar, mas, nesta semana, ao ler a tuaContinuar lendo “A fundo”
Para Claudinha
Clau, Ganhei esse girassol à tarde e me veio você à mente. Sei que são tempos difíceis, que você tem suas dores, que dá vontade de desistir, de dormir sem hora para acordar. Mas, quando a gente abre a janela, tem um céu tão bonito nos esperando. Tem música boa nos fones de ouvido. TemContinuar lendo “Para Claudinha”
Ficar bem
Suspiro. É só mais um dia com trabalho a fazer. Não são os livros da estante que estão desorganizados e me incomodam. É a bagunça dentro de mim. Por fora, tudo está em seu devido lugar. Dentro, embora não haja roupa, livros, ou sapatos espalhados, tem um coração que bate tão forte, tão estupidamente forte,Continuar lendo “Ficar bem”
Respire
Estava pensando em avisar que este seria o último texto do blog, escrever e fugir. Mas eu não tenho certeza se eu finalizarei hoje. Não sei se quero. Então prefiro que ele seja uma grande vírgula. Uma grande vírgula, importante, latente, inesquecível. Eu comecei esse blog por amor. Escrevi sobre o amor que senti, queContinuar lendo “Respire”
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O teu céu
Esse é o céu que que queria te dar, mas o trabalho me impediu. Cheguei tarde. Talvez um céu muito estrelado fosse mais apropriado para esta hora. Espero que guarde esse entardecer dentro de você e que eu tenha conseguido melhorar o seu dia. Aryane Silva [ouça “Breath”, do Sam Kim❤️]
Se eu te abandonar
[eu tô ouvindo uma música linda agora] Se eu te abandonar, perdoe a minha fraqueza. Eu tenho me deixado de lado também. Se eu te abandonar, esqueça a mágoa do momento e apenas olhe para o céu. Se eu te abandonar, saiba que eu não tô bem e que a saudade é esmagadora. Se euContinuar lendo “Se eu te abandonar”
Ah, o simples!
Hoje, durante a sessão de terapia com a minha psicóloga, conversamos sobre algo desagradável que está acontecendo com o meu trabalho. Como tenho o costume de me cobrar demais, nada melhor que a Andréa para me trazer à realidade. Durante a conversa, ela cogitou que talvez eu estivesse vendo toda a situação através de outroContinuar lendo “Ah, o simples!”
Sem asas
O ano mudou e a saudade continua a mesma. Um misto de raiva, decepção e, às vezes, um amor profundo. Eu continuo esse blog porque sei que me acompanhas por aqui. Mas talvez eu não seja mais a mesma. Eu estou tão cansada. Queria compartilhar o peso dos dias contigo, por telefone mesmo, porém achoContinuar lendo “Sem asas”
01/01/2021, às 15:34
– Ri, qual é a sua flor preferida? – Aquela que aguenta todas as estações, morre, renasce e tenta ficar inteira. – Posso te chamar de flor? – Ainda não. Estou aprendendo a ser uma delas. Aryane Silva
Obrigada a todos que acompanharam meus escritos aqui. Um 2021 com alegrias levinhas. 💫
Um céu estrelado, um último pedido
Fui avisada que uma Lua linda e brilhante estava à minha espera. Mesmo de pijamas, peguei a chave, a máscara e fui ao quintal, olhar para o céu. E, para a minha surpresa, ele estava cheio de estrelas que, por um milagre, eu consegui captar por meio de uma foto de celular. Após o registro,Continuar lendo “Um céu estrelado, um último pedido”
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